"Um silêncio que perturba" mas não surpreende
Manuel Pinto toca na ferida aberta pelo silêncio a que os media votaram a entrega dos prémios Gazeta, em concreto, o discurso da Ana Sousa Dias. Perturba, sim senhor, mas não surpreende quem tenha a "sensibilidade", usando uma palavra querida de Ana Sousa Dias, de conhecer o estado actual do ecossistema, onde a discussão, o debate de ideias, as críticas construtivas, enfim, todos os processos purgatórios que abram caminho à melhoria da qualidade do trabalho são cilindrados pela voracidade do quotidiano, pela vertigem do vácuo, pela embriaguez da vaidade ou tão somente, mas importante, pela necessidade de sobrevivência.
Mas verdade seja dita que este não é um fenómeno exclusivo a esta área, antes reflecte os próprios males da sociedade actual. Pessimismo meu? Talvez, mas então, façam o favor de me contrariar que eu agradeço.
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