quarta-feira, 16 de fevereiro de 2005

A Frase

A frase

E já que falei em sinais dos tempos em que vivemos, não quero deixar de destacar, mesmo que já tenham passado uns dias, aquela que será para mim uma das frases do mês: "Existem certamente várias dezenas de jovens jornalistas a quererem substituir-vos", da autoria do subdirector da SIC.

Spinning

Spinning

Manuel Pinto sublinha a mediania da comunicação política dos diferentes partidos nesta campanha, destacando, pela negativa, a do PSD. Bom, a propósito, recomendo a entrevista que Einhart Jácome da Paz, o marketeer político do PSD, concedeu ao "Meios&Publicidade" (04FEV05), cujo título é bastante ilucidativo: "A ideologia está morta". Sinais dos tempos.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2005

As voltas da história

As voltas da história...
"O país perdeu a inteligência e a consciência moral. Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada, os caracteres corrompidos. A prática da vida tem por única direcção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido. Não há instituição que não seja escarnecida. Ninguém se respeita. Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos. Ninguém crê na honestidade dos homens públicos. Alguns agiotas felizes exploram. A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente. O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo. A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências. Diz-se por toda a parte: o país está perdido!" Eça de Queirós , 1871, "As Farpas"

Fahrenheit 451

Fahrenheit 451...
Vi hoje anunciado para breve, na SIC Radical, a série "Fahrenheit 451". Para quem não conhece, sugiro que se surpreendam com a leitura do livro de Ray Bradbury. Assinalo esta passagem: "Como entrou para a organização? Como pôde pensar em fazer esse trabalho? Não é como os outros. Tenho visto alguns. Eu sei. Quando lhe digo alguma coisa, olha para mim; quando falei da Lua ontem à noite, olhou para a Lua. Nunca os outros teriam feito isso. Ter-me-iam deixado de falar. Ou então ter-me-iam ameaçado. Ninguém tem agora um só instante para consagrar aos outros. O senhor é um dos raros que parecem dispostos a suportar-me."