sexta-feira, 17 de setembro de 2004

Em Viseu...

Em Viseu...

... há Portugal no seu melhor!

Sugestão de leitura...

Sugestão de leitura...

"O que ele foi fazer! Devia, como disse Álvaro Barreto (em reunião partidária!), "ter esperado dois ou três dias", antes de divulgar o relatório. Muito embora o ministro dos Assuntos Económicos afirme que não põe em causa as conclusões do relatório (e com que autoridade o faria, se não é perito na matéria?), ele acha que o modo como o relatório foi divulgado pôs em causa o ministro das Obras Públicas, que veio para o Governo directamente da presidência da Galp. Ocorre perguntar para que serviriam os dois ou três dias de dilação pedidos por Álvaro Barreto: para tentar suavizar o relatório? Para restringir a sua circulação? Para se encomendar um "parecer" que o contrariasse? Para dar tempo ao ministro das Obras Públicas para se preparar psicologicamente para a revelação pública da incompetência da administração da Galp a que presidia de garantir a segurança de pessoas e bens que lhes estavam confiados? É um mistério, que, infelizmente, ninguém achou interessante esclarecer junto de Álvaro Barreto."

É só para abrir o apetite. Leiam, vale a pena.

Já agora...

Já agora...

... e a título de curiosidade: podem ajudar-me a encontrar as notícias e os editoriais de hoje sobre o estudo de que falei ontem (uns posts mais abaixo, se não se importa), e que colocava Portugal como um dos países com mais baixa taxa de absentismo por doença na Europa?

Em vias de extinção?

Em vias de extinção?

É ou não importante a salvaguarda das fontes? Este assunto ainda não tem o grau de atenção que merece. A propósito, o DN de hoje traz uma notícia sobre a tendência que começa a surgir nos Estados Unidos, em contraponto com a realidade norueguesa.

quinta-feira, 16 de setembro de 2004

... vai daí que... - parte 4

... alguém já disse que todos nós deveríamos usufruir de direito de voto nas eleições americanas. Mas para isso, também deveríamos usufruir de informação equilibrada. Por isso, para quem tiver interesse, sugiro uma visita ao excelente blog do Pedro Ribeiro.

... vai daí que... - parte 3

... ao mesmo tempo, Luís Delgado assume funções de presidente executivo do grupo Lusomundo Media. Não comento.

... vai daí que... - parte 2

... também gostaria de fazer eco de uns episódios brilhantes protagonizado por duas personalidades madeirenses. Enquanto que Guilherme Silva propunha na Assembleia da República a extinção da Comissão Nacional de Eleições por esta funcionar ?de forma sectária e partidarizada?, Alberto João Jardim ?ameaça expropriar o Diário de Notícias da Madeira por não concordar com as notícias publicadas pelo jornal mais lido da ilha? (gentileza do Causa Nossa)...

... vai daí que... - parte 1

... o Público on-line noticia que, segundo um estudo feito em 15 países da União Europeia, Portugal apresenta das mais baixas taxas de absentismo por doença. Ora, esta é uma daquelas notícias que causa estranheza, quando nos vemos confrontados diariamente com o discurso oficial da ?falta de produtividade dos portugueses?. Se pensam que este post é uma observação puramente política, desenganem-se! O desafio é verificarmos nas próximas horas que cobertura mediática será dada a este estudo, e depois compararmos com todo o espaço que é concedido ao ?mainstream?.

Obrigado, Elisabete!

Obrigado, Elisabete!

Nos últimos tempos, a cada dia que passa sinto vontade de agradecer à Elisabete o ter-me convidado a viver nesta casa. É bom ter onde e com quem conversar sobre o que se passa...

quarta-feira, 15 de setembro de 2004

Já agora

Já agora, acresce dizer que

o facto de o Presidente da República não dizer nada de novo ou relevante, não é notícia. Temos o que merecemos. Mas seria notícia a existência de um eventual bloqueio dos jornalistas pela presença de Sua Excelência na entrega dos prémios.

Um silêncio que perturba

"Um silêncio que perturba" mas não surpreende
Manuel Pinto toca na ferida aberta pelo silêncio a que os media votaram a entrega dos prémios Gazeta, em concreto, o discurso da Ana Sousa Dias. Perturba, sim senhor, mas não surpreende quem tenha a "sensibilidade", usando uma palavra querida de Ana Sousa Dias, de conhecer o estado actual do ecossistema, onde a discussão, o debate de ideias, as críticas construtivas, enfim, todos os processos purgatórios que abram caminho à melhoria da qualidade do trabalho são cilindrados pela voracidade do quotidiano, pela vertigem do vácuo, pela embriaguez da vaidade ou tão somente, mas importante, pela necessidade de sobrevivência.
Mas verdade seja dita que este não é um fenómeno exclusivo a esta área, antes reflecte os próprios males da sociedade actual. Pessimismo meu? Talvez, mas então, façam o favor de me contrariar que eu agradeço.

Desabafo

Desabafo

"O pior é que a situação de cada um de nós é cada vez pior e não há ninguém que queira, ou consiga tomar uma atitude."

O desabafo da Sílvia Padrão (comentário ao meu post anterior) será por certo partilhado por muitos. Pelo menos por mim é, com alguma frequência. Mas desabafar é, em si, uma atitude. Singela, sim, mas que pode dar ânimo para algo mais. Quanto ao que motivou o desabafo, e não querendo pisar terrenos do comentário político puro e duro, abordo a questão do ponto de vista do agenda-setting: para quem anda preocupado/a com o rumo das coisas, saber quem é o novo presidente da Lusomundo Media, ou simplemente ler os editoriais de ontem do Diário de Notícias de hoje do Público, só vai levar a enrugar mais a testa...

terça-feira, 14 de setembro de 2004

A lição do Bagão

A iniciativa surgiu como inédita: um ministro das Finanças a dirigir-se à Nação, em horário nobre, sobre algo tão importante como o estado das nossas contas. Apesar de se conhecer o tema, o inédito alimentou o suspense, mobilizou a atenção e conquistou valioso espaço mediático ainda antes de se concretizar. O primeiro objectivo foi atingido, parabéns a quem de direito.
A intervenção, propriamente dita: flop. É a minha opinião, como tal, discutível. Mas é a minha, e porquê?
Pelo discurso, vago e algo confuso, sem ideias fortes ou chavões (um discurso político precisa disso). Pelo tom, professoral e desenquadrado no tempo. Pela linguagem corporal, forçada e mal ensaiada. E a gravata, o que dizer daquela gravata! Eu a pensar que o Tesoureiro ia falar de coisa séria...

quarta-feira, 1 de setembro de 2004

E agora, algo completamente diferente, e para descontrair. A propósito das eleições americanas.

... no Brasil

... no Brasil há quem se dedique, e bem, a analisar o comportamento da Imprensa durante os Jogos Olímpicos. Ver a coluna Jogo Aberto no portal Comunique-se. Seria tão bom, e curioso, ler uma análise semelhante aplicada aos nossos media...

Na Alemanha...

Na Alemanha assiste-se a um interessantíssimo debate sobre o direito à defesa da imagem privada que as figuras públicas podem reinvindicar. O assunto é relatado hoje no Público e merece ser acompanhado. Isto, claro, no intervalo da série "Barco do Aborto", onde só falta saber quem é o Doc, a Jill e as outras personagens.